sexta-feira, 2 de maio de 2008

Espera

Hoje te esperei. Não lembrava mais como era esperar-te à porta.
Enquanto esperava-te, em meu íntimo aqueles pensamentos que às vezes não querem calar, que vêm à tona quando menos se espera, que não batem à porta quando querem entrar, me sobrevieram mais uma vez...
Teu olhar, teu rosto, tua vida, tua presença... Quem me dera ser alguém que tem o privilégio de ver-te todo dia! Que não fica com uma pequena migalha do teu olhar...
Penso não ter-te em meu coração agora, mas isso é porque não te vi.
Se tivesse visto, certamente, teria sentido de novo aquilo que nunca consegui explicar.
Se meu medo de ficar sozinha, tem a ver com isso que sei que vou sentir, eu já não sei mais!
Quando poderei me livrar disso? Lembranças me perseguem, mas não sinto nada... apenas medo!
Medo? Sim, medo! Medo de sentir de novo algo tão indomável quanto o que senti por ti uma vez!
Não sinto nada quando lembro-me. Mas quando lembro, sei que foi forte e intenso demais.
Não sinto nada. Nada a não ser medo. Medo da incerteza. Antes sentia medo de ficar sozinha, agora, sinto medo de ter-te novamente em meu coração.